sábado, 27 de junho de 2015

Os Concílios e a Igreja

Enviado por: Fernanda Falcão Moser

Para entender a importância da Igreja nos séculos V a XI é necessário destacar duas aspectos daquele momento: o vazio político da civilização medieval e as instituições eclesiásticas. Nos espaços não ocupados pelo Estado há costumes locais, os poderes senhoriais e as regras eclesiásticas. É importante citar o papel da Igreja latina, visto que nela sobreviveram elementos da romanidade e é através dela que se impõem mecanismos de regulação da vida social que adquiriram crescente força.

A Igreja, no império ocidental, vê sua hegemonia ameaçada por dois elementos: a religião pagã dos próprios bárbaros e a adesão dos mesmos a versões heréticas do cristianismo. A Igreja foi incapaz de conter adesão desses povos ao paganismo. Cidades antes possuidoras de sedes de catedrais e bispados foram abandonadas. 

Os dois elementos fundamentais no Ocidente para a cristianização da Europa foram os Concílios e o movimento monástico. Os monges celtas – irlandeses – voltaram ao continente para missionar: trouxeram consigo um hábito de orientar sob forma de confissão. Para instruir os confessores – que instruíam os fiéis -, surgem os penitenciais – livros que mostram regras para serem aplicadas em casos particulares.

Os Concílios têm crescente importância, pois, convocados pelos próprios bispos ou pelo rei, discutiam matérias de interesse público. Os Concílios mostram o caráter descentralizado da Igreja ocidental neste dado momento histórico. O “papa” não intervém diretamente, mas mediante solicitação. 

Referência:
LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História – Lições Introdutórias. 3ª ed. 2008. São Paulo: Editora Atlas S.A.

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