Enviado e escrito por: Luana Paraboni
O filme FILADÉLFIA narra à história de Andrew Beckett um advogado exemplar, formado pela faculdade de Penn State. No filme, Andrew Beckett trabalha em um dos maiores escritórios de advocacia da Filadélfia, a Wyant Wheeler, mas luta para esconder sua homossexualidade e uma doença que contraiu: a AIDS, pois sabia do preconceito e da discriminação que poderia vir a passar na época. Sem saber dessa “luta interna” por qual Andrew passava, seu chefe Charles Wheeler o escolhe para ficar responsável por um caso de extrema importância: a grande empresa Sanders Systems copia um programa financeiro de uma empresa de menor porte chamada Highline, a qual Andrew terá que defender. Porém, é nesse momento que alguns sintomas da doença a qual contraiu começam a evidenciarem-se fazendo com que seus colegas de trabalho e chefe desconfiem do que estava passando. Em virtude disso, seu chefe, Charles Wheeler, permite que sabotem um dos trabalhos de Andrew para que este seja demitido por desempenho insatisfatório - falsamente. Andrew não entende como o trabalho que ele sabia que havia feito desaparece, mas não obtém êxito ao tentar comprovar isto aos seus superiores.
Depois disso, sabendo que sua doença e homossexualidade foram descobertas e que esses foram os fatores de sua demissão, causa de grande discriminação, preconceito e injustiça, Andrew inicia a busca por um advogado que queira defender sua causa. Um fato novo na época para a sociedade. Chegando a oitava recusa de advogados para defender seu caso, passa a estudar por ele mesmo jurisprudências antigas a qual poderia embasar seu caso para a defesa deste.
Algum tempo após a recusa do último advogado, Joe Miller, o mesmo encontra Andrew em uma biblioteca em busca de fatos passados similares. Comovido com a evidente discriminação das pessoas com Andrew até mesmo em locais públicos como o que se encontravam, decide defender o referido caso.
Quanto mais o advogado ia afundo ao caso de seu cliente mais ficava claro que este havia sido discriminado e demitido por preconceito.
O caso torna-se famoso e o quadro da doença de Andrew piora. Mesmo sem a presença de Andrew no julgamento final, pois o mesmo encontrava-se internado em função de sua doença, este acontece, tendo como concluso um grande passo para a inserção do termo “preconceito” na sociedade. O renomado escritório de advocacia Wheeler, o qual Andrew trabalhava, é condenado a pagar uma altíssima indenização para Andrew devido ao seu comportamento preconceituoso e de discriminação contra um fiel trabalhador.
OBSERVAÇÃO
O supracitado filme retrata, a meu ver, a evolução de Direitos Fundamentais às pessoas. Antigamente, a liberdade era monopolizada e facilmente quem se encontrava fora do “padrão comum” – o qual era designado pela maioria da sociedade – sofria preconceito, discriminação e facilmente injustiça.
A partir da Constituição de 1988 ficou definido como “objetivo fundamental da República” (art. 3º, IV) o de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação” . A expressão "quaisquer outras formas" refere-se a todas as formas de discriminação não mencionadas explicitamente no artigo, tais como a orientação sexual, entre outras. [1]
Seria errôneo da minha parte dizer que esta supracitada evolução findou com o preconceito e discriminação na sociedade. Os diversos tipos de discriminação e preconceito nos dias de hoje ainda muito ocorrem, contudo, casos como o citado no filme, na atualidade, são visivelmente vistos e comprovados como injustos os quais a justiça protege, diferentemente da época em que pouquíssimas jurisprudências haviam – o que demonstra como casos de preconceito e discriminação não eram levados a tona na sociedade.
Portanto, achei de grande relevância trazer ao Blog o referido filme, pois é através da História do Direito que observamos também a evolução das leis que trazem bem estar à sociedade em que vivemos.
NOTA
[1] Extração do site https://pt.wikipedia.org/wiki/Homofobia_no_Brasil
REFERÊNCIA
FILADÉLFIA (Philadelphia). Direção: Jonathan Demme. Roteiro: Ron Nyswaner. Estados Unidos. 1993. Duração: 125min.
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