Enviado por: Henrique Melo Rodrigues da Rosa
1 – Os antigos romanos tinham algumas práticas medicinais bem insanas; uma delas era a crença de que o sangue dos gladiadores podia curar a epilepsia. Eles depositavam tanta fé nesse poder curativo, que, quando um gladiador morria e seu corpo era retirado da arena, os vendedores ofereciam o sangue dele ainda quente para a multidão. Por volta do ano 400, quando os combates de gladiadores foram proibidos, as pessoas voltaram-se para o sangue dos criminosos executados.
2 – Na Roma Antiga, os canhotos eram considerados azarados e não confiáveis. A palavra sinistro, que em nossa língua usamos geralmente em associação com algo negativo, na verdade vem do latim e seu significado original era "a esquerda". Com o tempo, a superstição associada às pessoas canhotas, transformou a palavra no termo ideal para definir coisas indesejadas. Gladiadores canhotos, entretanto, eram considerados especiais. A vantagem deles é que eram treinados para lutar com destros, mas seus adversários não estavam acostumados a serem abordados por lutadores sinistros, ficando mais vulneráveis a um ataque da mão esquerda. Quando o combate envolvia um gladiador canhoto, essa característica era realçada nos anúncios da luta.
3 – Pecunia non olet significa "dinheiro não tem cheiro". Esta frase foi cunhada como resultado do imposto sobre a urina cobrado pelos imperadores romanos Nero e Vespasiano. As classes mais baixas da sociedade romana urinavam em potes que eram esvaziados em fossas públicas. Então, a urina era recolhida e servia como valiosa matéria-prima para uma série de processos químicos: era usada no curtimento do couro, como fonte de amoníaco para limpar e branquear lã, e, segundo relatos isolados, a urina pode ter sido utilizada até mesmo como um clareador de dentes. Quando o filho de Vespasiano, Tito, queixou-se sobre a natureza repugnante do imposto, seu pai mostrou-lhe uma moeda de ouro e proferiu a famosa frase. Esta sentença é usada ainda hoje para mostrar que o valor do dinheiro não está contaminado por suas origens.
4 – Os romanos eram um povo muito limpo ( apesar de beberem sangue de gladiadores e clarearem os dentes com urina ). Eles se banhavam regularmente em banhos públicos. Em Roma, existia duas fontes principais de água: água de alta qualidade para beber e de qualidade inferior para o banho. No ano 600 antes de Cristo, o rei Tarquínio Prisco decidiu construir um sistema de esgoto sob a cidade. O sistema que escoava para o rio Tibre, se mostrou tão eficaz que permanece em uso até hoje ( logicamente, agora está conectado à moderna rede de esgotos). O sucesso, de fato foi tão grande, que logo foi imitado em todo o Império Romano.
5 – Os romanos usavam cães de guarda para proteger as casas. E não é só isso: eles também foram pioneiros no uso do aviso "CAVE CANEM" – Cuidado com o Cão.
6 – Diferente da crença popular, não era com o polegar que o imperador indicava qual o veredicto de um gladiador derrotado. Mostrar o punho fechado era sinal de clemência: mas se mostrasse o polegar para um lado, estava ordenando a execução do perdedor. Se um gladiador matasse seu oponente antes da permissão imperial, ele seria levado a julgamento por assassinato, já que somente o imperador tinha o direito de condenar um homem à morte.
7- Em Roma havia muitas profissões extravagantes, o planejador de orgias era uma delas. Esse interessante profissional se encarregava de organizar as festas para os ricaços da cidade. Ele providenciava a comida, a bebida, os músicos, a hospedagem para os convidados; e, é claro, ele contratava prostitutas para a festinha. A desvantagem do trabalho é que a profissão não era muito bem vista por alguns membros da sociedade, especialmente por aqueles que nunca foram convidados para as orgias.
8 – Para restaurar as bases morais do matrimônio e coibir comportamentos escandalosos, o imperador Augusto promulgou no ano 17 antes de Cristo a Lex Iulia de Adulteriis Coercendis. Nesta lei, se o marido flagrasse a mulher com outro homem, ele podia matar o amante da esposa e estava obrigado a divorciar-se dela, caso contrário ele seria acusado de lenocinum, ou seja: consentimento ao adultério cometido pela mulher. Ademais, o marido traído podia reter o amante da esposa por 20 horas, para que ele testemunhasse o fato vergonhoso. Nessa longa espera, era costume sodomizar o pobre coitado usando um rábano, com uma “ajudinha” de um escravo núbio (por razões que você deve imaginar), ou o próprio marido enganado se encarregava do serviço. Conclusão: era preciso pensar mil vezes antes de “cobiçar a mulher do próximo”.
9 – Todos nós conhecemos a imagem do imperador Nero tocando harpa enquanto Roma agoniza em chamas, contudo isso não passa de folclore. A maioria dos historiadores modernos concorda que Nero não se encontrava em Roma quando o fogo começou, ele estava em Antium e assim que soube do desastre, retornou à Roma para organizar o combate ao incêndio e o socorro às vítimas. Contudo, Tácito nos conta que o povo procurava um bode expiatório e espalhava o boato de que Nero havia posto fogo na cidade. Então, o imperador para livrar a própria pele, lançou a culpa em uma seita sem muita importância: os cristãos. Eles foram jogados às feras, crucificados, queimados vivos, entre outros martírios que fogem à nossa compreensão.
10 – Por mais exótico que possa parecer, havia uma íntima colaboração entre os padeiros e as prostitutas na Roma Antiga. Os padeiros eram fornecedores das Aelicariae: eram prostitutas que trabalhavam no pátio dos templos e que, além dos favores sexuais, vendiam pequenos bolos feitos na forma da genitália masculina ou feminina. A maioria dos padeiros também alugava quartos em seus porões para as meretrizes, mas, uma vez que estas instalações eram frequentemente invadidas por fiscais à procura de prostitutas não licenciadas, quem frequentava esses lugares tinha que entrar e sair o mais rápido possível. Eis aí a origem da famosa "rapidinha".
11 - Roma era famosa por seus banhos públicos e termas, e muitas das casas mais abastadas contavam com sistema de aquecimento chamado “hipocausto”. Assim, os pisos dos edifícios ficavam elevados sobre pilares, e o espaço sob o chão era isolado com o uso de ladrilhos de cerâmica. Depois, o ar quente produzido por fornalhas ou fogueiras era direcionado para essa câmara vedada, e circulava pelas casas através de tijolos perfurados que ficavam nas paredes.
12 - Apesar de hoje serem muito comuns em festas à fantasia, as togas não podiam ser usadas por qualquer um na Roma antiga. Elas só podiam ser vestidas por cidadãos romanos e os padrões e cores que elas apresentavam tinham significados específicos, correspondendo a determinadas hierarquias da sociedade da época. Além disso, as togas normalmente eram feitas de lã e tinham formato semicircular, e eram dobradas e enroladas seguindo um complexo sistema.
13 - Não pense que os romanos ficam nus sob as togas. Tanto homens como mulheres usavam uma peça de roupa chamada subligaculum que era usada como “tapa-sexo”. Esse adereço normalmente era feito de lã ou linho, embora também existissem versões mais requintadas e feitas de seda.As mulheres às vezes usavam também uma espécie de top sem alças chamado mamillare ou strophium, e as mais jovens ainda tinham o costume de "prender" os seios firmemente com faixas de couro macio.
14 - Além dos enormes espetáculos que aconteciam nos coliseus, e do incompreensível amor por digladiações, os romanos também gostavam de se divertir com jogos de tabuleiro e de dados. Aliás, inclusive os cidadãos das classes mais baixas participavam das jogatinas, e entre as opções — normalmente bem estruturadas e baseadas em complexas regras — existia um sofisticado jogo de estratégia militar que ecoava o apreço da cultura romana pelas guerras e batalhas. Além desse jogo, especialistas também conseguiram recriar as regras de outras opções apoiados em descobertas arqueológicas e registros históricos. Assim, os títulos mais populares descritos pelos estudiosos são “O Jogo dos Reis”, “O Jogo dos Bandidos” e “O Jogo das Doze Marcas”.
15 - Os bebês em Roma eram tratados de forma muito severa e estranha. Logo no primeiro mês, para que ficasse durinha, a criança era enfaixada dos pés ao pescoço (pernas e braços ficavam presos); no segundo mês, apenas o braço direito era liberado, só assim ela não viraria canhota. Diariamente o bebê recebia um banho de água fria para não ficar mole. Em seguida, recebia uma massagem no rosto e no corpo. Aos três anos a criança era separada de sua ama de leite (mulher que amamenta). Dissemos criança, mas, na verdade, nem isso ela era considerada. Só depois de aprender a falar, comer e andar é que poderia ser considerada como tal. Recebia então um coração (podia ser uma bola), em ouro ou em couro, que era pendurado em seu pescoço. Dentro dele, uma espécie de figa ou amuleto, para afastar os maus espíritos.
REFERÊNCIAS
MEGA CURIOSO. 7 fatos interessantes sobre o Império Romano que você talvez desconheça. Disponível em: <http://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42299-7-fatos-interessantes-sobre-o-imperio-romano-que-voce-talvez-desconheca.htm>.
SANTOS, Bento Santiago dos. 10 incríveis curiosidades sobre os antigos romanos. In.: Kid Bentinho. Disponível em: <http://kid-bentinho.blogspot.com.br/2013/08/10-incriveis-curiosidades-sobre-os.html>.
SÓ HISTÓRIA. Nascer em Roma. Disponível em: <http://www.sohistoria.com.br/curiosidades/nascer/>.
SANTOS, Bento Santiago dos. 10 incríveis curiosidades sobre os antigos romanos. In.: Kid Bentinho. Disponível em: <http://kid-bentinho.blogspot.com.br/2013/08/10-incriveis-curiosidades-sobre-os.html>.
SÓ HISTÓRIA. Nascer em Roma. Disponível em: <http://www.sohistoria.com.br/curiosidades/nascer/>.
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