segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O Casamento em Roma

Escrito e enviado por: Isabela Unger

Casamento Romano

O casamento em Roma (justae nuptiae) ou matrimônio (mtrimonium), inicialmente não era necessário uma cerimônia ou pompa religiosa, para ser considerado válido. Bastava que um homem e uma mulher morassem juntos, para serem considerados casados.

Já na época de Augusto, o primeiro imperador romano, o casamento era condição imprescindível para a manutenção da comunidade. Poucos ousaram questionar a necessidade da união conjugal. Ora, o casamento era mais do que um querer, era um direito e dever. O dever, permitia o nascimento de filhos legítimos, visando a herança do patrimônio familiar e, o direito era cívico reservado aos cidadãos e as filhas do cidadãos.

O restante dos moradores nas cercanias do império, só tinham uniões consideradas como concubinagem. A idade mínima era de 12 anos para as moças e 14 anos, para os rapazes, mas também haviam casamentos com uma enorme diferença de idade entre os noivos.

Algumas leis foram instituídas por Augusto no ano 18 a.C. Muitas previam multas pesadas para os solteiros e não poderiam receber herança. Assim como os homens casados, sem filhos, também eram punidos.

A mulher, na condição in manu, ou seja, sob a autoridade do marido, tornava-se filha a filha deste. Porém, a partir do século V a.C, o casamento in manu, foi cedendo lugar ao matrimônio sine manu, isso possibilitava a emancipação da mulher, pois ela não vivia mais sob a autoridade do marido.

Vários fatores eram determinantes para a escolha do futuro marido. Segundo o bispo Isidoro de Sevilha, a família, a coragem, a beleza e a sabedoria. Na mulher, eram apreciados a beleza, a família, as riquezas e os bons costumes.

Já nas famílias da aristocracia e da alta burguesia, o matrimônio era no seu meio social. Os "casamentos desiguais", e com grande diferença de idade, muitas vezes eram ditados, por interesse. O chefe do partido popular, o todo poderoso, Mário, pôde casar com a jovem Júlia, da família aristocrática dos Césares.

As mães, também tinham direito à palavra. Elas poderiam impor sua escolha na decisão de casar os filhos.

Se o casamento fosse contraído, sem os requisitos necessários, ele era nulo.

O divórcio era raro, em virtude da severidade dos costumes.

As noivas usavam vestes brancas, colocavam um véu de linho muito fino de cor alaranjada, chamado flamemeum e, no cabelo, uma grinalda de flores. As flores, para os romanos, representavam a fertilidade.

Apesar de todas as modalidades, o casamento para os romanos era uma das instituições mais valorizadas, riquíssimo de simbolismos, que explica muitos costumes hodiernos, que praticamos sem nos darmos conta da origem dos mesmos.


REFERÊNCIA

Revista História Viva. Edição 119 de 2015.

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